Resenha
Oi, Tangerina: A escrevivência e a potência da escola pública como berço da criação literária

Por Ná Silva [1] Quando Lara Peter [2], aos quatorze anos, escreveu Oi, Tangerina, não estava apenas registrando palavras, mas criando um universo através delas. Como mãe e artista, acompanhei de perto esse processo, observando a transformação de uma estudante comum da escola pública em uma autora que dá forma à sua própria escrita. Lara […]
Leia mais »Uma Tarântula de Meio Século, por Ramon Felipe

Entre discos, um acidente de moto e muitas interrogações, Bob Dylan apresentou Tarântula. Voltando de um aniversário, não pude deixar de pensar no número 54. Quase onipresente, ele estava na parede da residência, na placa do táxi que me trouxe de volta, na figura do meu antigo professor de química, no bolo do aniversariante e […]
Leia mais »Deus do Amor Furioso, de Guímel Bilac

Se há um Deus neste livro, ele não habita templos. Habita o corpo, a saliva, a saudade, o gozo, a ausência e a caixa torácica. Em Deus do Amor Furioso, Guímel Bilac reconfigura a relação entre fé e desejo, criando uma obra onde o divino e o profano não são opostos — são inseparáveis. Este […]
Leia mais »A Filha das Mães, de Giselle Ribeiro

Em A Filha das Mães, Giselle Ribeiro nos entrega uma narrativa potente, contada com a sutileza que só a literatura infantil bem-feita consegue carregar. A história, publicada pelo selo TAUPinha da Editora Toma Aí Um Poema, acompanha Mariana, filha de Maria e Ana, em sua descoberta do mundo — um mundo que, apesar do amor […]
Leia mais »Mixaria, de Gleidston Alis

Versos pequenos, ideias imensas: o valor poético daquilo que o mundo chama de pouco No título já está o aviso: Mixaria. Gleidston Alis opta por nomear sua obra com uma palavra historicamente ligada ao que se desvaloriza, ao que sobra no fundo do bolso, ao que não serve mais. Mas essa “mixaria” poética tem peso, […]
Leia mais »América Xereca, de Eugênia Uniflora

Há livros que pedem silêncio. Outros exigem voz.E há os que explodem. América Xereca pertence a essa última categoria. Composto como um poema-manifesto, a obra de Eugênia Uniflora — heterônimo literário de Jéssica Iancoski — é uma travessia entre a linguagem e a terra, entre o corpo feminino e o corpo-geográfico da América Latina. A […]
Leia mais »“Eles fazem cheques com a tua xeca” — a geopolítica do gozo colonizador, em América Xereca

América Xereca não se acomoda em nenhuma estética tradicional: explode padrões, rompe versos, se recusa a ser domesticado. Sua forma visual, fragmentada e pulsante, ecoa o grito de uma terra que quer “matar a morte para adubar a vida” (p. 33). A escolha da palavra “xereca” não é só política: é semente — e também […]
Leia mais »Resenha: O nome dela não importa, de Sabrina Dalbelo

Capa de O nome dela não importa, de Sabrina Dalbelo, com a famosa estatueta paleolítica Mulher de Willendorf em destaque (Capista @iancoski.art). A imagem de uma figura feminina sem rosto e sem pés, de formas fecundas, antecipa simbolicamente muitos dos temas explorados no livro. Sabrina Dalbelo, poeta gaúcha já reconhecida por obras anteriores, entrega em […]
Leia mais »RESENHA | Poeta Maira Garcia sobre “América Xereca” de Eugênia Uniflora (Jéssica Iancoski)

América Xereca, livro da poeta Jéssica Iancoski aqui assina com o pseudônimo de Eugênia Uniflora. América Xereca é o pseudônimo de Brasil e é uma ode ao amor por este país, um amor verdadeiro, com todo sofrimento que esta terra carrega, mas transportado pela poesia lhe conferindo leveza. Este livro também é um tratado aos […]
Leia mais »CRÍTICA | Mabelly Venson sobre “Lacunas da Existência” de Márcia da Luz Leal

No âmago das palavras, entre páginas que se abrem como janelas, encontramos o universo íntimo de Márcia da Luz Leal, uma navegadora dos mares das emoções. Em Lacunas da Existência, mergulhamos nas profundezas da existência humana, onde a autora tece versos utilizando fios sutis, entrelaçando os momentos efêmeros e os espaços vazios que habitam nossos […]
Leia mais »Crítica Literária | Flavia Ferrari sobre “América Xereca” de Eugênia Uniflora (Jéssica Iancoski)

Em América Xereca, Eugênia Uniflora descobre um continente historicamente explorado, invadido, vilipendiado. Ao deixar essa América Latina sem coberta, exposta, sua poesia relata, denuncia, escancara o ciclo de abusos que esta América – também como metáfora da mulher – tem sofrido. No trecho de abertura, diferentes violações são apresentadas: “xeretam tua prexeca/ e injetam/ fertilizantes/ […]
Leia mais »Crítica Literária | Marcelo Ariel sobre “América Xereca” de Eugênia Uniflora (Jéssica Iancoski)

AMÉRICA XERECA é como uma ópera-r.a.p. contra o réquiem colonial-mono-linguístico neoliberal tatuado como códigos de barra nos corpos e é também algo para além disso, é um poema-orquídea e possui camadas secretas que uma segunda e terceira leituras podem abrir, Uniflora conversa com os territórios domados do antipresente em um discurso que é uma amálgama […]
Leia mais »Crítica Literária | Luci Collin sobre “Tudo Que Queima” de Mabelly Venson

Tudo que queima derrete e ofusca e repara. E estar no que é a vida que tem sido, estrelas. Então Mabelly Venson está aqui a criar o convite-mapa para novos sentidos e novos estados – do tempo e do fragmento; da hipótese e das flores mesmo. E aos deuses mudos e sem maiúscula, o que […]
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