5 Poemas de Lorrana Maciel

Cinco poemas de Lorrana Maciel, para o Toma Aí Um Poema.

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Lorrana Maciel é mãe, atriz, produtora, dramaturga, poeta e Licenciada em Teatro – UNIFAP. Participou das antologias “Palavras é Arte” – Editora Palavra é Arte-BA (2015), “Pena&Pergaminho” – Ar Editora-AP (2019), “20 Marias e um grito” – Editora Ser Poeta-PE (2019) e “Simpósio de poetas bêbadxs” – Desconcertos Editora-SP (2021).


VETE DE MI

 

 São palavras estilhaçando 

   

     e

          levando tudo por dentro

 

 Os ósculos dos teus olhares

                                    sombrios me queimam

 

Deixe-me,

 

Sem este abismo doloroso 

                                           do seu abraço

 

          Nunca tendré

 

 Un minuto de tu verdad en mi

         

            Vete de mi, 

 

               vete de mi vida, 

 

                    vete de mi todo


TEMPESTADE

 

Eu sou esmagada, sem luz, voz, cor e lar

Onde pisei nem sei, sou sem rumo tenho

Um florescer escuro em dores no âmago

Está tão vazia até nos mais rasos versos

 

Perdida entre silêncios cheios de lirismos

Devaneio pelos arrepios dos seus medos 

Se tu soubesse, minha calmaria chegaria

Só meus dedos e demasiada tempestade


MORFINA

 

Já não me basta somente a vontade intemporal pela vida,

No agora intentando a inspiração por continuar respirando

Mas cá compreenda, não me faça culpada dessa tragédia,

Também não aponto culpados da minha constante neblina

Apenas sinto-me  ora cheia, ora vazia e me transbordando

Nesta manhã melancólica sigo o silêncio em dor crescente

Cresce, aperta, afoga, amedronta e só serena ao anoitecer

Esculpindo fissuras profundas no papel desta sofrida alma

Aqui somente a morfina dos meus versos me trazem alívio


O MEU EU

 

Prisões, medos e sabotagens

É somente o que me restou

Daqueles enganos tão reais

 

Alinhar os cacos não é fácil

Arde desesperando devagar

E afia setas para a escuridão

 

Mendigando o sossego perdido

Ludibriando com esse olhar alegre

Ensaiados no espelho do banheiro

 

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GOTAS DE PALCO

 

Um acelera desacelerado

Objeto que foi para voltar

Subjetos de ossos cobertos de carne

Intercala um dez a frente atrás

Espiral humano, lacunas

Risos tímidos quase invisíveis

O grande líder ordena os corpos

Chicoteia os errantes, sangue

Sangue não surge, não surge

É de suor que ele bebe o palco


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