4 Poemas de Mércia Poeta

Quatro poemas de Mércia Poeta, para o Toma Aí Um Poema.

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Por um mundo com mais poesia!


Olá, me chamo Mércia Fideles Batista Fogaça, mas prefiro Mércia Poeta. Tenho 27 anos, cearense, mãe, cantora, compositora e poeta nas horas vagas. Escrevo desde os 12 anos de idade, quando descobri a poesia na aula de português, e desde e então passei a recitar e versar. 

Atualmente tenho um livro escrito se chama: Primavera em mim. Já está ilustrado, não publiquei por falta de recursos financeiro. 

Espero que gostem dos escritos. Abraço!

Poeta

 

Refém da poesia 

Acha que escreve 

Mas coitado, 

É apenas usado,

Pelos versos que

Saem da boca do estômago, 

Reverberam por todos os lados 

Pele, pernas e braços. 

 

Poeta investiga palavras 

Mas os versos já estão ali 

Batendo na porta, 

Implorando pra sair 

Esperando o coração permitir

E o cérebro parnasiano concordar.

 

Versos são gerados no sentir 

Fazem poeta refém de si 

Preso da medula ao rim 

Coração o diz: 

Calma já está a sair 

Versos irão desabrochar 

Na flor da pele a estrofe está 

E quando saem, poeta diz: 

“Ah que alívio é respirar.”

 

Poesia, pra poeta 

É necessidade como respirar.

Poeta em poesia 

Não é escrita 

É do coração necessidade exigida. 

Oasis de sentimento 

Que dentro não fica, 

É em demasiado expelida. 

Poesia é a mente do poeta em saída.

 

Poeta em poesia 

É até o corpo expirar. 

Versos e estrofes se acomodar,

No rascunho encaixar,

E o pobre Poeta libertar.

É a vida versar. 


Sejas flor 

 

A abelha rainha 

Pode até ser o sol

Dentro da colméia

Mas sem o néctar 

O que seria ela ?

 

Pequena primavera 

Embora não valorizem

As suas pétalas,

Você é quem faz 

Toda a diferença.

 

Enquanto alguns

Colocam a coroa 

E se vestem de ego, 

Sejas flor 

Fabrique essência,

Pra quem, apenas,

Merecer o seu mel.

 

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Profunda

 

É muito sentimento

Pra pouca lágrima

É muita arte presa

Pra uma só alma.

 

As poucas lágrimas

Que ainda me restam

Eu me engasgo

Melancolias espalhadas

Ao meu redor se fecham

No meu quarto.

 

Os poucos gritos

Que ainda reverbero

O vento se assusta

A intensidade que sinto

O corpo diz: “Não aguento!”

Nessa guerra, mal se pode suportar uma luta.

 

É muito verso

Pra pouco rascunho

É singular o bastante

Pra um plural absolutamente pouco.

Sentimento não traduz corpo.

 

Profunda demais pra não se afundar,

Presa dentro de si

A minha sentença, é seguir.

 

É muito sentimento

Pra pouca lágrima

É muita arte presa pra uma só alma.


Pedido de uma filha mãe

 

Mãe, eu poderia voltar a ti? 

Na tua barriga me devolver ? 

Pra quem sabe, 

No teu coração, eu caber ? 

 

Mãe, podes o cordão umbilical me envolver ? 

Pra nesse enrolar 

Eu sentir teu abraçar 

E quem sabe, você poder me amar?

 

Mãe, deixa eu nove meses 

Em ti, de novo, viver? 

Quem sabe teu útero 

Me acolha nessa vez. 

 

E quando eu nascer 

Como filha, possas me reconhecer. 

E em mim, por fim, 

Esse eterno abandono 

Faças morrer.


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