Manoel Roberto de Lima é graduando em História e poeta. Natural de Pauini – Amazonas. Publicou em quatro antologias, está com livro pronto próximo de ser publicado.

Infinidade

É tristeza
meu amigo,
não se sabe
como as águas mudam.
Porém, elas espontaneamente vão,
infinitamente vão,
não importa o meu querer,
mesmo que ame
momentos de folia,
eles acabam.
O tempo crema
as coisas vividas
e nós guardamos
as cinzas
no recipiente da memória.

Exílio 

Não sou bom em fingir
expresso o que sinto
como lago cristalino
mostra suas profundezas

Disponho meu melhor riso
e a minha mais sincera lágrima
em cada momento

Sei das contravenções
aos que não usam máscaras
a solidão é a sentença

Pra quem nunca se abandonou
estar só não é solidão
é apenas um exílio da artificialidade.

>> Leia A Revista Toma Aí Um Poema!

O entardecer 

Entardece
na pálpebra
inferior do horizonte
o sol se esconde

As linhas multicores
anunciam o fim do dia
preparando o céu
para o bailar das estrelas.

No lago negro
o espetáculo se duplica
espelhando a estética
das obras do criador.