❗A campanha de pré-venda do livro “Clarências” de Paula Latgé na Benfeitoria se encerrou na semana passada e mal podemos esperar para a publicação <3
[ o livro ]
Esse pequeno livro é parte do inevitável da vida, sussurrado no canto cotidiano da dor. E temido nos intervalos de amor. Ficou engavetado e o efeito do tempo o fez pequeno.
Foram necessárias muitas mortes para saber que existem palavras que não nos pertencem. Esse livro é uma homenagem a Minha Tia Poeta que se fez Freira, que não revelou o impublicável da alma, que sobrevive em vestígios de um salão lilás.
“Paula Latgé, apresenta seus poemas ao longo de quatro núcleos, respectivamente assim nomeados: E-s-p-a-ç-a-m-e-n-t-o; Tempo de Amor; Palavra Pedra; Sentidos. Em cada um deles é possível perceber que ela consegue captar as intensidades e contradições das relações em seus encontros e desencontros, em diferentes tempos e espaços de vida e trabalho, passado e presente, nos e dos ‘cotidianos atravessados’ que somos”.
[ a autora ]
Poeta, psicóloga, com formação em bioética e saúde coletiva, coordenadora da Associação Experimental de Mídia Comunitária – BEMTV, tem na poesia o seu impulso, escrever não é opção, é sentido de vida, palavras que preenchem o seu ser insistem em nascer, e quando não nascem, abortam o ser que deveria ter sido e não foi. Paula vive em versos das ruas, do tempo, da miséria humana que se desfaz em palavras versos.
[ poema ]
Prece
Escreve poesia quem não sabe prosar
Poeticamente prosando o poeta nunca está
A poesia não tem linha
Não tem tempo
Nem história
Ela caminha fantasticamente
Quase simplória
Onde começa?
Quando termina?
Quem faz o verso?
Será com rima?
A poesia não se pergunta
Se acontece!
Inesperada nasce da alma
Como uma prece