Adalberto Souza, através da Lei Aldir Blanc e da Imprensa Oficial Graciliano Ramos, nos entrega o seu mais recente livro de poemas “Da amplidão das sombras alheias ou outras histórias de amores suspeitos”.
O autor nos brinda com uma salutar união entre música e poesia. E faz isso transitando entre música erudita e a mais completa expressão da música popular. Somente Adalberto mistura Mozart e Odair José, Madonna e Nora Nei e faz dessa mistura o casamento ideal para seus versos.
Em “Da amplidão das sombras alheias ou outras histórias de amores suspeitos” brota sempre a pessoa humana no seu limiar de exasperação ou passividade, polos opostos. São as pessoas acossadas pelas paixões, pelas desilusões amorosas violentas, são os amantes atormentados pelo rancor, é a personagem solitária que perde os passos que deixou na areia, são os desenganados das coisas de Cupido. Mas percebe-se que, no fundo, são criaturas esperançosas que uma relação amorosa termine num final feliz, final que nunca chega, nem no fim do último poema deste livro.
Adalberto Souza sabe como ninguém retirar do cotidiano aquilo que sua artesania de poeta lhe permite: jogar com as palavras, fazendo das mais singelas, espelho das mais poéticas. De certo modo, para romper com a banalidade, o discurso poético que consegue por sua estranheza.
Estranheza que se justifica pela forma como o autor trata os temas que são caros em sua obra. Estão todos lá, um labirinto por onde o leitor pode trilhar os mais diversos caminhos, se perder e se encontrar através dos versos que funcionam como um mapa, trilhando uma estrada por onde muitas vezes não é fácil de ser seguida, mas que sempre é surpreendente para quem se aventura.
Essa trilha que existe na escrita do autor é caminho bom a percorrer. Um caminho cheio de atalhos e desfiladeiros. Avanços e recuos. Diante do precipício vazio do que ainda não foi dito, do que ainda não foi escrito, e muitas vezes a perturbação do ruído das palavras suspensas, o barulho do silêncio da mágoa antiga que tanto lateja e tanto envergonha, levando o leitor àquele estado onde ele não pensa, não elucubra, apenas se deixa emocionar: eis, então, a poesia afetando os sentidos.
O autor consegue impregnar tudo o que escreve com uma realidade lírica que pode ser a de qualquer um.
No presente livro o autor constrói cuidadosamente seus versos observando o que está a seu redor. Sua lírica é aquela dos que estão abandonados, dos traídos e dos encontrados na noite. Seus poemas são observações daqueles que ficam por último, que esperam o bar fechar.
A poética de Adalberto Souza é identificação direta com o leitor. É como encontrar a tradução do que já não se sabe dizer, encontrar alento nas baladas românticas que tocam à meia-noite, à meia-luz, uma vida inteira de esperas e diálogos internos cheios de intensas vidas, vividas quase que inteira e imediatamente urgente e inquietante, assim como a boa poesia deve ser.
CONTATO COM O AUTOR — Instagram @adalbertorfsouza
Socorrinho Lamenha
diz:Música para os ouvidos. Assim é a poesia de Adalberto Souza. Baladas onde as paixões doem mais que confortam, acordes que penetram o coração com a adaga da desilusão, sons que se perdem em noites solitárias. Poemas que são o espelho dos nossos mais profundos desejos. Parabéns poeta!
Dimas da Paz
diz:O livro é recheado de poesias que exacerbam uma vivência intensa. Parabéns pela excelente obra, Poeta!
Alcinha
diz:Adalberto…Um poeta versátil!!
Sensível e de uma capacidade de entender e ler entrelinhas, sentimentos, e consegue agregar a música que enaltece a sua poesia. Encanta e transmite, sentimentos e reflexões diversos.
É um encantador!❤
Eduardo Xavier
diz:Poesia é para poucos escreverem, embora todos possam dela saborear. Adalberto é poeta, ponto!
Flavia Soares do Nascimento Lessa
diz:É um dom. Perfeito.
Antony
diz:Maravilhoso!
Edvanildo
diz:Excelente