E-book está disponível na Amazon e desnuda o capacitismo, os riscos de acidente na indústria e a condição do corpo-mulher na sociedade
A autora Yara Fers lança nesta quarta-feira, 20 de julho, o e-book “Anatomia de um quase corpo”. A obra traz uma história potente em forma de narrativa poética para concorrer ao 7º Prêmio Kindle de Literatura. E conta com prefácio de Vanessa Passos, autora que venceu a última edição desta premiação.
O livro conta a história de Bárbara, uma mulher que sofre uma amputação em seu trabalho na fábrica e busca na escrita encontrar a completude que esse corpo não tem mais. Ela procura por si mesma, pela música que morava em seus dedos e pela magia de seu amor com Letícia. A obra levanta temas importantes como a perda, o capacitismo, a superação, o amor entre duas mulheres.
Além disso, “Anatomia de um quase corpo” é uma narrativa costurada pelas rupturas linguísticas, sonoridades e sinestesias da poesia. Possui o sensorial da música e da fábrica, do humano e da máquina.
Vanessa Passos afirma no prefácio que “Anatomia de um quase corpo traz uma reflexão contundente sobre o corpo-máquina, sobre quando começamos a morrer, ainda que não percebamos, e ainda, sobre olhar não para o que falta, mas para o que permanece. Um livro bonito e poético sobre fazer as pazes consigo mesmo e com a vida, escrito por alguém que conhece tão bem a condição humana e a literatura“.
Yara Fers publicou os livros de poemas: Sádica sílaba (Editora Patuá, 2021), Desmecanismos (independente, 2021), Haicactos e mandacarus (independente, 2022), Meio magma, meio magnólia (Editora Penalux, 2022). “Anatomia de um quase corpo” é seu primeiro romance.
A autora já foi premiada em concursos literários, entre eles o 3° Lugar Prêmio Off Flip 2022, 4° lugar Concurso Tâmaras 2021, e 5º lugar Prêmio Barueri de Literatura 2021.
Yara nasceu em Ribeirão Preto (SP), já morou na Bahia e hoje habita as terras cearenses. Divulga poemas e outros conteúdos literários pelo Instagram @yara.fers .
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Graciele
diz:Eu li o livro e acho essa linguagem poética muito inapropriada para um assunto tão sério, minha mãe perdeu a perna em uma fábrica de peças automotivas e confesso que a linguagem que a autora escolheu para contar a história me incomodou muito. Eu esperava uma linguagem mais seca e direta, seria até mais respeitoso com quem sofreu ou sofre em situações semelhantes. Uma história dramática contada com linguagem poética é até contraditório.