Três poemas de Camila Jardim Lauar, para o Toma Aí Um Poema.
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Por um mundo com mais poesia!
Publiquei meu primeiro livro em 2021 e fui selecionada para participar de uma antologia poética publicada esse ano e já estou confirmada para uma outra antologia.
Noir Roxo
Nos canais de Veneza
Eu escuto seu sussurro
O céu e a água se misturam
Em um noir roxo.
Eu tento remar para frente
Mas você me paralisa
Com seus olhos de noir roxo
E me puxa…
Você me hipnotiza
Como uma fragrância de perfume
Que não sai do meu pescoço.
Quero sentir a catástrofe de ter você
Só para ver se entendo os seus olhos de noir roxo
Que me confundem essa noite.
A noite é dos nossos desejos mais complexos
E sinto…
Sinto uma conexão paralisadora.
Meu corpo reage a ti
Em um híbrido paradoxal com minha alma,
E como se fosse uma obsessão…
Quero sentir a catástrofe de ter você
Só para ver se entendo os seus olhos de noir roxo
Que me confundem essa noite.
Mas o que seus olhos de noir roxo não me deixam ver
É que esses olhos são os meus.
Morte Cósmica
Os cruéis assombros que da realidade recebo
Me desfaz em uma quantidade incontável de partículas.
A maldição atua em mim de dentro para fora,
E de estafas minha mente sobrevive.
A imagem platônica do meu paralelo mundo idealístico,
Ressoam melodias inefáveis
Que aparecem e desaparecem
Na infinitude inconsciente do meu Ser.
A angústia me aparece da maneira mais melancólica possível
E pela projeção mental do meu mundo particular,
Aceito a desgraça que recebo.
Desapareço em mil brumas da fumaça mais obscura,
Nebulosa e confusa.
Não mais consigo encontrar quem eu sou.
O ar dos meus pulmões é o irreal
Que me atira a um abismo de caos,
Concentrado na ignorância do fazer.
Me retenho por sobre os fatos
Onde das águas límpidas meus desejos submergem.
É o tempo que observo a decair
Em hiperbólicas metáforas
Do espaço triangular da natureza cósmica.
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Réquiem
Essa vida foi um delírio fortuito.
Derramam em meio às lágrimas as ilusões.
Permiti à vida com uma ingênua falsidade
E sobre o nada me deita a nú solidão.
As minhas forças foram sugadas pelos meus erros
E a minha incredulidade amarga da minha existência
Perturba a minha percepção dilacerada, pelos
Meus pensamentos letárgicos e mortais.
De onde venho, quem sou e para onde vou, não sei.
O silêncio me assombra a calma ausência
Do meu coração que me enriquece mais e mais.
Eu já não aguento mais tanta pressão.
Esse sonho idealizado agora se torna vão.
O tempo massacrou minhas intenções
Na insanidade da minha alma a transbordar.
Poesia irá dominar o mundo!
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