No Brasil, empreender com propósito e transformar realidades através da cultura ainda é um desafio imenso — especialmente para mulheres jovens, fora dos grandes centros e desconectadas dos círculos elitizados do mercado editorial. É nesse cenário que se destaca Jéssica Iancoski, escritora, designer, psicóloga e fundadora da Toma Aí Um Poema (TAUP) — a primeira editora-ONG do Brasil.
Com menos de 30 anos, Jéssica já impactou diretamente a vida de milhares de leitores e autores, consolidando-se como uma das principais lideranças jovens do terceiro setor cultural no país. Em sua trajetória, une literatura, gestão, acessibilidade e inclusão — provando que é possível criar soluções sustentáveis e transformadoras mesmo em um dos setores mais desiguais do Brasil: o editorial.

📚 Criando caminhos onde não havia porta
Jéssica fundou a TAUP em 2020, com o objetivo claro de democratizar o acesso à publicação literária, especialmente para autores iniciantes, periféricos, LGBTQIA+, negros, indígenas, neurodivergentes e PCDs. Em pouco mais de três anos, a iniciativa já:
- Publicou mais de 2.000 autoras e autores em primeira antologias;
- Arrecadou R$ 1 milhão via financiamento coletivo (crowdfunding literário);
- Distribuiu livros em comunidades com pouco acesso à leitura, bibliotecas públicas e eventos populares;
- Produziu e divulgou mais de 1.600 poemas em áudio, acessíveis em plataformas como Spotify e YouTube;
- Levou literatura a grandes eventos, como a FLIP (Festa Literária Internacional de Paraty), com presença ativa de seu catálogo autoral.
Na contramão do mercado que ainda privilegia os mesmos nomes, sotaques e linguagens, a TAUP constrói um catálogo plural, com foco na bibliodiversidade, no afeto editorial e na circulação real dos livros.
👩💼 Uma jovem liderança no terceiro setor cultural
A atuação de Jéssica não se limita à gestão da TAUP. Ela também é roteirista, artista visual, palestrante e agente cultural ativa em projetos ligados à formação leitora e políticas públicas. Como escritora, é finalista do Prêmio Jabuti, vencedora do Prêmio Candango de Literatura, e tem obras publicadas no Brasil, Argentina, Portugal, Espanha, Galícia e Colômbia.
Aos 29 anos, Jéssica Iancoski é um exemplo concreto de que é possível unir inovação editorial, responsabilidade social e impacto direto — mesmo sem grandes investimentos ou apoio institucional. Seu trabalho reflete uma nova geração de mulheres que não apenas escrevem livros — mas reescrevem as estruturas da cultura brasileira.
🧭 O que vem pela frente
Com o crescimento da TAUP, Jéssica segue ampliando seu impacto. Está à frente de projetos de formação editorial, como o curso “Construindo uma Editora do Zero”, promove oficinas em parceria com instituições como o SESC, organiza prêmios literários inclusivos e articula redes entre editoras independentes, autores autônomos e comunidades leitoras.
Seu nome já aparece em indicações e premiações ligadas à inovação, juventude e impacto social — e sua trajetória inspira outras pessoas a acreditarem que a cultura pode ser um projeto de vida com propósito.
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Daniela Pachiani de Mello
diz:Tenho mais de 500 poesias e publiquei somente um livro
Uma delas
SUSPIRAR
vida não é uma brincadeira
é uma passagem
que pode ser divertida
deixa-te de merdas
e vive
se há algo
poderoso aqui
em mim
que relembro à minha alma
é que o caminho acontece a caminhar
que somos o viajante e a viagem
Cada suspiro, e cada sensação
É uma forma de deixarmos nossa marca.