7 Poemas de Denis Scaramussa Pereira, para O Toma Aí Um Poema.
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Nascido em Itarana, Espírito Santo, Denis Scaramussa Pereira é poeta de primeiro livro e, atualmente, aluno do Curso Livre de Preparação de Escritores – CLIPE/Poesia da Casa das Rosas. É graduado e mestre em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília, com atuação profissional na área de comércio exterior há mais de doze anos.
Flores
No meu objeto sagrado
nado de sangue, sua de dor.
Não há calor que supere
contíguo de ranço e torpor.
Não há amor que sublime
enlances, suados, Senhor.
O meu objeto sagrado
canta, descarta, grita.
Chora.
Desencarna.
O meu abjeto sagrado
é só meu.
Mateus
Acho que talvez há beleza.
E gosto, e tempo, há vida.
Teus olhos ainda me traçam.
Trapassam, transpassam, transgridem.
Transbordam, perseguem.
Criam elipses,
Olvidam eclipses.
E ventilam o coração.
Suas madeixas negras.
Graúnam, desalam.
Exalam o frescor
De suas bochechas.
E quero você no meu colo!
Que dure apenas lampejo.
Que duro não ter o teu beijo.
Retino, turva a visão.
Oração
Se meus olhos morressem, amor,
Que o corpo não mate a beleza.
Se não sano perdido na dor,
Que o tempo não seque a represa.
Se me guarde, disseco, rancor,
Não me venha com tua certeza.
Se o meu sono não vinga, Doutor,
Que o porvir não me cause estranheza.
Se as entranhas não sonham, Senhor,
Que não poupem a minha destreza.
Se o pecado me sonda, pavor!
Que o diabo não ponha a mesa.
Se o aperto me causa calor,
Que eu não caia em tremenda avareza.
Se a pane resulta em tremor,
Que eu não tema a tua tristeza.
Se eu te peço solene, favor,
Que me tenha por profundeza.
Em versos
Os seus olhos, diversos.
Universos, inversos.
Verticulam, reflexos.
Retroflexos, perplexos.
Controversos, diletos.
Conto versos, incertos.
Em versões, indigestas.
Diversões, indiscretas.
Revisadas, perversas.
Em reserva, preservas.
Reverberam, reversas.
Cantam versos, severos.
Revigora, ar, remessas.
Une o verso, discreto.
Asseveram, invernam.
Resseguram, em verbo.
Transcorrer
A vida me fez forte
por absoluta falta de alternativas.
O demônio que carrego nos olhos
por toda a alma cativa.
Coração de anjos libertos
cantam por monotonia.
O brilho se foi no caminho
perdeu-se na cama vazia.
Respiros poéticos e saudades
Despedir-se é, a seu mote, despir-se.
É pedir, é perder.
É pirar, é perdoar.
É repartir, é sublimar.
É repatriar.
É despir-se de abraços.
É dar o braço.
É torcer.
É permanecer.
É um pedaço de porvir.
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Pensamento do dia
O bom do dia
é o seu bom dia,
quiçá boa tarde.
O tempo passa.
O tédio mata.
A vida arde.
Não vá embora.
Te sigo agora
e sem alarde.
Eu moro fora.
A ti, adora.
Um som, a arte.
Eugênia
Genes
fraticidas.
Anti gente.
Fasticida.
Genotipica
mente.
Engenho
sida
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