Poema de Ângela Silva – Sangue Derramado, para o especial Novos Autores Pela Diversidade, Favela/Periferia!
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| Sangue Derramado |
“Na mão do estado a pistola armada aponta para
uma cor,
os tiros de fuzil, quem foi? Quem viu?
Um corpo estendido…
estendido no chão.
Menino preto só pode ser ladrão
e seu destino são as grades da prisão.
O ódio levanta a mão, aponta a pistola sem perdão,
é só um corpo preto no chão,
Na favela preto é bandido,
na rua é perseguido,
Menino preto em casa é recebido com tiros de fuzil
no chão a vida se despediu,
Na mão do estado racista a pistola aponta para
uma cor,
no chão a vida se esvaiu,
o sangue derramado
João Pedro executado,
As noites frias são vazias
a dor de vinte e oito famílias,
Jacarezinho para sempre será lembrada,
e sua dor em semente de luta se multiplicou.”
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Poema: Sangue Derramado
Poeta: Ângela Silva
Voz: Jéssica Iancoski | @euiancoski