Três poemas de Ariane Farias para o Toma Aí Um Poema.
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Leitora e amante de astronomia e gatos. Gosto de rock nacional e expresso meus sentimentos e devaneios por meio da escrita. Tenho um destaque para poesias, textos em prosa e prosa poética.
Dúvidas
Como entender a cabeça
Como entender o coração
Diante das trevas do sol
Não vejo luz
E não vejo escuridão
Tudo parece sem vida
Sem cor
Sem estrutura
Me sinto perdida
Num grande mar de rachaduras
Indecisa pelo o que ser
Pra que viver então?
Não importa qual for escolha
Um dia será perdido
Tudo será em vão
Escolhi ser uma boa pessoa
Num mundo com tantas barbaridades
Mas é difícil ter essa escolha
Sem não se irritar com facilidade
Não entendo como a vida funciona
Parece não existir equilíbrio
Entre a paz sobre nós mesmos
E as pessoas com quem convivo
Se me sinto bem
Faço o mal aos outros
Se me sinto mal
Faço o bem
Uma contrariedade
Sem explicação
Só pode ser sentida
Quem carrega compaixão
Compaixão
Purifica a alma
E nos liberta de mágoas
Sentimos o que o outro sente
E entendemos vossas lágrimas
Em um mundo pequeno
Comparado ao nosso cosmos
Com tantas cabeças perdidas
Ou consciência morta
Queria ser uma árvore
Ou talvez um sabiá
Pois, a felicidade sempre aloja
Onde não costumamos procurar
Dependência
Procurei em você
O amor que não sentia por mim
Demorei a reconhecer
Mas tudo que chegou ao fim
Na verdade nem iniciou
Um anjo triste que me contou
Passou em minha casa e afirmou
Que eu não sei o que é amar
Eu disse que não me acho digna
Entendi que para me achar
Preciso da aprovação exterior
E a todos sou quase uma mãe
Porque apenas com o amor de alguém
Sentiria que sou digna do meu próprio amor
Como uma punição sem sentido
Fui me diminuindo
Para caber no mundo de vários alguéns
E descobri que eu mesma
Fui a pessoa que mais já foi cruel comigo
Eu fui meu pior inimigo
>> Leia A Revista Toma Aí Um Poema!
Criança Perdida
Escrevo na noite calada
Um desabafo
Mais uma página
Do meu livro de pesares
Num passe de mágica
Navego pelos mares
Das profundezas
De meu tenro coração
Que dilata ao ouvir
O som de minha voz
Em auto perdão
Faíscam os olhos
Em busca de esperança
De resgatar
Uma antiga criança
Que passou a afundar
Nas mágoas da infância
Ela precisa aprender a nadar
Ou a maré irá levar
Ela sente medo
De afundar depressa
Poesia irá dominar o mundo!
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Cristiane
diz:Adorei!!! O segundo poema lembra muito as músicas do Raul Seixas que falam sobre amor, como “Medo da Chuva” quando a canção diz: ” Porque quando jurei meu amor, eu traí a mim mesmo, hoje eu sei, que ninguém nesse mundo é feliz tendo amado uma vez”
Lisiane Farias Pereira
diz:Poemas lindos!
Belezas saídas dos recôndidos da alma. Reflexões profundas sobre sentimentos e confusões que o cotidiano nos impõe.
Daniel
diz:Nossa os três poemas são muito bons, bem profundos!!