O setor cultural brasileiro vive uma transformação silenciosa, mas profunda. Diante dos desafios de acesso à publicação, concentração de mercado e falta de diversidade no mundo editorial, surgem modelos inovadores que unem impacto social, sustentabilidade e bibliodiversidade. Um desses modelos é a editora-ONG — e um dos maiores exemplos desse formato no Brasil é a Toma Aí Um Poema (TAUP).
Mas afinal, o que é uma editora-ONG? Como ela funciona? E por que esse modelo representa um avanço importante na luta por mais justiça cultural no país?
Neste artigo, você vai entender como a TAUP se estrutura como uma organização do terceiro setor voltada à literatura, como capta recursos, quais são seus objetivos sociais e o que a diferencia de editoras convencionais.

O que é uma editora-ONG?
Uma editora-ONG é uma organização sem fins lucrativos que atua no setor editorial com foco em inclusão, acesso e impacto social, e não na lógica exclusiva do lucro. Ela nasce com uma missão: democratizar a publicação de livros, principalmente de autores que não encontram espaço nas estruturas tradicionais do mercado.
A Toma Aí Um Poema é a primeira editora-ONG do Brasil, registrada juridicamente como associação cultural sem fins lucrativos, com CNPJ ativo e estrutura organizacional transparente. Mais do que publicar livros, a TAUP promove bibliodiversidade e reconexão entre palavra e pertencimento.
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Como funciona uma editora no terceiro setor?
Ao contrário de editoras comerciais, a TAUP adota um modelo baseado em pré-venda e financiamento coletivo, onde os livros são viabilizados por campanhas de apoio direto entre leitores e autores. Dessa forma:
- O autor não paga para publicar
- O público participa ativamente da campanha
- A editora realiza todas as etapas editoriais (revisão, diagramação, capa, ISBN, colofão, impressão, envio)
- A comunidade literária se fortalece em rede
Além disso, como associação, a TAUP pode:
- Firmar parcerias com outras ONGs, coletivos e instituições públicas
- Prestar contas e atuar com transparência financeira
- Participar de editais culturais voltados ao terceiro setor
- Desenvolver ações educativas, oficinas, formações e distribuição gratuita de livros
Missão social: o livro como ferramenta de inclusão
Desde sua fundação, a TAUP atua com foco em grupos sub-representados no mercado editorial:
📍 Mulheres escritoras
📍 Pessoas negras, indígenas e periféricas
📍 LGBTQIA+ e pessoas trans
📍 Neurodivergentes e PCDs
📍 Jovens autores e autoras estreantes
“Não é só sobre publicar um livro. É sobre fazer com que uma voz, que nunca teve espaço, se veja legitimada como autora da própria narrativa.” — Jéssica Iancoski, presidente da TAUP
Com menos de 30 anos, Jéssica Iancoski idealizou e lidera essa estrutura inovadora com visão de impacto, sensibilidade editorial e forte articulação no campo da cultura. Sob sua gestão, a TAUP se consolidou como referência nacional em publicação inclusiva e ética.
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Resultados do modelo TAUP
A estrutura como editora-ONG permitiu que a TAUP alcançasse resultados notáveis em apenas poucos anos:
- 📚 Mais de 350 livros publicados, com autores de todos os estados brasileiros
- 🎤 1.600 poemas em áudio distribuídos em Spotify, YouTube e redes sociais
- 💰 Cerca de R$ 800 mil arrecadados por meio de campanhas de pré-venda
- 🧩 Mais de 1.000 autores estreantes publicados com qualidade profissional
- 🌍 Participação em eventos como FLIP, Bienais, Prêmios e feiras comunitárias
- 🏆 Reconhecimento em prêmios como Jabuti (finalista), Candango (vencedora) e destaque em redes literárias independentes
Por que o modelo da TAUP é replicável?
Como editora-ONG, a Toma Aí Um Poema oferece um modelo replicável para outros territórios que buscam soluções sustentáveis e inclusivas para promover a literatura e a formação de novos autores. Sua estrutura pode ser aplicada em:
- Casas culturais comunitárias
- Redes de bibliotecas populares
- Projetos escolares de incentivo à escrita
- Incubadoras literárias regionais
- Organizações do terceiro setor com foco em juventude, cultura e educação
Esse é um modelo vivo, participativo e transformador, que transforma leitores em apoiadores, autores em agentes culturais e livros em objetos de escuta, afeto e pertencimento.
Conclusão: um novo jeito de fazer literatura no Brasil
Em um setor onde tantas vozes são silenciadas, a TAUP prova que é possível fazer diferente. Sua atuação como editora-ONG no terceiro setor mostra que é possível unir literatura, impacto social e gestão transparente — com resultados concretos e multiplicadores.
Se você é autor, pesquisador, gestor público ou jornalista cultural, acompanhe o trabalho da TAUP e entenda por que esse modelo está redesenhando o futuro do livro no Brasil.
👉 Acesse o site da Toma Aí Um Poema e conheça mais:
https://taup.top/