Spoiler: depende do seu fôlego, da sua ansiedade e do tamanho da fé que você carrega nos seus textos.
Você termina o livro. Olha pra ele com carinho. Certeza que é o mais bonito que você já escreveu. Aí vem a pergunta que paralisa: e agora, o que eu faço com esse original?
Sai mandando por aí? Espera alguma chamada aberta cair do céu? Imprime e deixa no altar com um incenso aceso?
Calma. Vem cá que a gente conversa.

✉️ Mandar direto pode funcionar — mas tem que saber onde tá pisando
Mandar originais direto pra editoras ainda é uma possibilidade, mas exige uma coisa: preparo.
Preparo pra receber silêncio, demora, às vezes nem um “oi, recebemos sim”. As editoras (grandes, principalmente) recebem muitos textos e nem sempre têm estrutura pra ler tudo — ou pra dar retorno.
Por outro lado, esperar chamada aberta pode ser mais certeiro. Quando a editora faz esse tipo de convocação, é porque ela realmente tá buscando novos títulos, novas vozes. E o melhor: geralmente já vem com prazo, com tema, com tudo explicadinho. Ou seja, mais chance de encaixe — e menos chance de ghosting.
Mas olha, não tem regra rígida.
Tem gente que publicou pela primeira vez mandando e-mail na coragem.
Tem gente que só conseguiu entrar porque colou na chamada certa, na hora certa.
Tem gente que cansou de esperar e autopublicou — e brilhou.
Então qual é o melhor caminho?
O que combina com você.
Se você é ansioso e não aguenta a espera silenciosa de um e-mail que talvez nunca venha, aposta nas chamadas.
Se você tem um projeto fechado, forte, e acredita que ele merece ser lido independente de edital, manda sim — mas manda com estratégia. Pesquisa a editora, lê o catálogo, vê se tem a ver. Personaliza o e-mail. Mostra que você tá ali porque leu e acredita no match.
E se nenhum dos dois rolar, não desanima.
Livro bom encontra saída. Às vezes não na primeira porta. Mas encontra.
No fim, não importa se foi por chamada, e-mail ou correio.
Importa que o seu texto existe.
E que você tá colocando ele no mundo — uma tentativa por vez.