Finalista do Prêmio Jabuti 2022, o livro A Pele da Pitanga, de Jéssica Iancoski, ganha nova vida por meio de um projeto de distribuição gratuita em Curitiba. A iniciativa tem como objetivo fomentar reflexões sobre identidade, os impactos da colonização e a urgência da reparação histórica, aproximando estudantes, professores e a comunidade das vozes potentes e silenciadas pela narrativa dominante.

Com prefácio da rapper e ativista Kaê Guajajara — intitulado “É preciso dizer que foi invasão” —, o livro se apresenta como um manifesto poético contra a colonização dos corpos, a devastação ambiental e o apagamento cultural em nome de uma narrativa europeizada. Por meio de uma linguagem sensível e contundente, Iancoski entrelaça crítica social, história e poesia decolonial, evocando a ancestralidade e a denúncia como força criadora.

A ação contempla a distribuição de 1.500 exemplares físicos da obra, com prioridade para estudantes do ensino fundamental II e médio da rede pública, professores, bibliotecas comunitárias, Faróis do Saber e a Fundação Cultural de Curitiba. Além disso, prevê a realização de 15 encontros educativos em escolas públicas, com rodas de leitura e debates, além de dois eventos abertos à comunidade, incentivando uma leitura urgente sobre território, identidade e pertencimento.

Com a acessibilidade como um de seus pilares, o projeto também inclui versões em braille, audiolivro e PDF acessível. O compromisso é garantir que A Pele da Pitanga circule amplamente e alcance leitores diversos, respeitando diferentes formas de leitura e compreendendo a literatura como ferramenta de transformação social.