Sua escrita é uma constante busca por pertencimento, expressando incômodos e reflexões. Inspirada em questões filosóficas, espirituais, ancestrais e LGBTQIA+, ela mergulha em temas como vida, morte, amor e desejo. Com formação em comunicação e especialização em escrita criativa, sua voz singular ecoa através das palavras. @carolina.ana.oz

Sobre você e sua relação com a escrita
1. Para começar, pode nos contar um pouco sobre você e sua trajetória como escritor(a)? Como a escrita entrou na sua vida e o que a mantém presente no seu dia a dia?
Sempre fui leitora. A escrita sempre esteve presente na minha vida em forma de diários, frases e versos soltos. Ser escritora se tornou uma possibilidade real quando decidi fazer pós em escrita criativa e vi que a vontade interna era bem maior do que expressava. Comecei o curso em 2022, terminei em 2023 e a partir daí resolvi que iria publicar as coisas que havia escrito. Em 2024 resolvi tentar me inscrever em editais para publicação em antologias e começou a rolar. Eu trabalho com escrita porque faço apresentações com pesquisa Ad Hoc sobre mídia, tecnologia e varejo, então de alguma forma trabalho escrevendo. Mas em relação à escrita literária, confesso que tenho menos consistência diária do que gostaria, tem dias que escrevo horas e tem dias que não escrevo.
2. Quais autores, autoras ou obras foram referências importantes para você ao longo da sua vida e da sua carreira?
Referências de Infância: Harry Potter, Coleção Os Karas de Pedro Bandeira, Coleção Vagalume, Coleção Desventuras em Série
Referências adolescência: Caio Fernando Abreu, Fernando Pessoa, Mafalda
Autores favoritos: Rosa Montero, Haruki Murakami, Alejandro Zambra, Lygia Fagundes Telles
Obras referências: Patti Smith (Só Garotos), Pelas paredes: Memórias de Marina Abramovic, Quando as árvores morrem – Tatiana Lazzarotto, Escute as feras – Nastassja Martin
3. Que experiências, temas ou questões pessoais costumam aparecer na sua escrita?
Luto, morte, amor, sofrimento, reflexões sobre a existência.
Sobre o livro
4. Como nasceu a ideia do seu livro e por que você escolheu exatamente esse título?
Em relação ao Da Existência, percebi que meus textos eram reflexões sobre questões da vida, como relações familiares, sentimentos de inadequação ou impotência.
5. Se tivesse que resumir esse livro em uma palavra, qual seria e por quê?
Pessoal. Porque trago as dores desde o parto até as conquistas/consequências do agora. “Toda ficção é autobiográfica e toda autobiografia é ficcional”, como disse Roland Barthes.
6. Durante o processo de criação deste livro, houve algum momento que te surpreendeu ou que mudou a forma como você via a história?
O que me surpreendeu foi formar o livro, as histórias teoricamente eram separadas mas quando fiz o trabalho de juntas, organizá-las e editá-las vi que formavam um livro.
7. Que parte da sua obra você acredita que os leitores costumam se identificar mais? E por quê?
Acho que a parte que fala sobre os encontros e trocas familiares, acho que muita gente se sente inadequado nesse ambiente. E também na relação do desenvolvimento do amor entre duas mulheres, questão de se sentir representado mesmo.
8. Que convite de leitura sua obra oferece a quem se dispõe a atravessá-la?
Incômodos e reflexões, acho que uma literatura que não incomoda não me interessa.
9. Onde os leitores podem encontrar ou adquirir seu livro?
https://editoracomala.com.br/livro/da-existencia
Mensagem final
10. Que reflexão ou provocação você gostaria de deixar aos leitores que se aproximem do seu livro?
Que sentimentos de inadequação são tão universais quanto os sentimentos de felicidade, amor. Os sentimentos dito como negativos também se estendem para todo mundo. Você não está sozinho.
11. Se pudesse deixar uma última palavra ou gesto aos leitores do seu livro, qual seria?
Espero que o livro toque você de alguma maneira, que você leve uma frase ou uma cena em sua memória.
12. Gostaria de acrescentar algo que não tenha sido perguntado e que considere importante compartilhar com os leitores? O que não pode faltar quando falamos de você e do seu livro?
Entre inquietações e reflexões, sua escrita é um caminho em busca de pertencimento. Guiada por questões filosóficas, espirituais, ancestrais e LGBTQIA+, transita por temas profundos como vida, morte, amor e desejo. Com formação em comunicação e especialização em escrita criativa, sua voz ressoa no papel, tecendo palavras que provocam e acolhem. @carolina.ana.oz
Acho que também é importante dizer que estou desenvolvendo a escrita de um romance que deve sair entre 2026/2027.