Encontro aberto com escritora mineira Thaís Campolina aborda o estranhamento cotidiano na poesia

“Estranho cotidiano: revelando a poesia ao rés-do-chão” é tema de encontro introdutório para oficina promovida pelo portal Fazia Poesia; evento gratuito acontece no dia 30/3

No dia 30/3, quarta-feira, das 19h30 às 21h, a poeta mineira Thaís Campolina ministrará um encontro introdutório sobre o tema “Estranho cotidiano: revelando a poesia ao rés-do-chão”, via programa de oficinas do portal Fazia Poesia. Partindo do estranhamento como um gatilho da linguagem literária e a sua capacidade de causar efeitos variados nos leitores, a poeta mineira trabalhará reflexões, poemas e exercícios criativos. O evento — aberto, gratuito e com vagas limitadas — é uma introdução para a segunda oficina de 2022 promovida pelo portal, que acontece nas duas últimas semanas do mês de abril.

Com o mesmo tema do encontro aberto, a oficina pretende desenvolver ainda mais, de forma prática, esse novo olhar para o cotidiano e o fazer poético. Manoel de Barros, Lydia Davis, Antônio Candido, Mila Teixeira, Matilde Campilho, Adília Lopes, Francisco Mallmann, Maria Lúcia Alvim, Nathasha Felix e Nina Rocha estão entre as referências bibliográficas que traz a mineira Thaís Campolina, que neste ano estreou na poesia com o livro “eu investigo qualquer coisa sem registro” (Crivo Editorial, 2021), após conquistar o 2° lugar no concurso Poesia InCrível de 2021.

A oficina será dividida em quatro encontros de duas horas, que serão realizados nos dias 20 23, 27 e 30 de abril, de maneira síncrona (ao vivo), pela plataforma Zoom. As inscrições podem ser feitas via Sympla (https://bit.ly/37QYFZ2). A turma conta com limite de 25 vagas. O evento é destinado para poetas de todos os níveis de experiência que queiram ampliar o próprio repertório criativo a partir da investigação das formas literárias observadas no cotidiano.

Com a intenção de transformar a oficina em um momento criativo por si, a maioria das atividades práticas propostas pela ministrante serão feitas durante os encontros. No primeiro dia, a partir de trechos de poemas, alguns tweets e uma reflexão literária de Antônio Cândido, a ministrante promoverá uma conversa sobre o encanto do prosaico, a estranheza de todo dia e a inutilidade da poesia. O segundo encontro será voltado para explorar, de maneira prática, as possibilidades criativas das notícias, tweets e até memes e seus efeitos em cada um e, a partir desse movimento interno-externo, a memória será abordada como um depósito de banalidades importantes.

No penúltimo encontro da oficina, em uma cidade imaginária, os participantes irão procurar a estranheza que deve guiar o poeta e sua investigação pela compreensão e descoberta do que o assombra. O último dia de imersão é voltado para o compartilhamento de produções para, a partir do que for trazido pelos participantes, amarrar processo criativo, edição e o tema da oficina. Os resultados serão publicados em um artigo de exposição no portal Fazia Poesia.

“Acreditamos que nossas oficinas são uma forma de ensinar e estimular qualquer pessoa entusiasta a praticar, escrever e renovar o olhar crítico para o mundo, ampliando o conhecimento de poesia, sobretudo a contemporânea, gerando segurança para criar e desenvolver os próprios poemas”, destaca Alex Zani, editor-chefe da Fazia Poesia, portal independente de poesia contemporânea que completa seis anos em março, reunindo conteúdo e poetas para milhares de leitores.

Nos primeiros três meses de 2022, o portal alcançou mais de 50 mil visualizações e 30 mil minutos lidos. “Em abril teremos três novas colunas fixas e neste ano planejamentos uma antologia impressa. Também estamos avaliando a possibilidade de realizar oficinas presenciais nas principais capitais brasileiras”, revela.

O programa de oficinas do portal Fazia Poesia nasceu com o objetivo de incentivar a criação e a produção poética de maneira colaborativa, especialmente, através das diversas possibilidades e tensionamentos que a poesia atinge. Em 2022, será realizada uma oficina a cada bimestre. A próxima está prevista para ocorrer em junho, relacionando os vínculos entre a psicanálise e a poesia, com a escritora e ilustradora paulista Isabela Sancho.

Sobre a ministrante

Thaís Campolina nasceu em Divinópolis/MG em 1989, mas vive na capital mineira desde 2014. Apaixonada por direitos humanos, feminismo, memória, conexão, literatura, arte, compartilhamento e criatividade, já criou e participou de vários projetos e coletâneas que dialogam com esses assuntos.

Bacharel em Direito, pós-graduanda em Escrita e Criação pela Unifor, medeia, organiza e faz curadoria do Leia Mulheres Divinópolis e é a criadora e faz-tudo do clube de leitura online Cidade Solitária. Após ganhar o 2° lugar no concurso Poesia InCrível de 2021, estreou na poesia com o livro “eu investigo qualquer coisa sem registro” pela Crivo Editorial.

Também publicou o conto “Maria Eduarda não precisa de uma tábua ouija” em formato e-book na Amazon em 2020 e segue escrevendo suas bobagens e incômodos em seu site thaisescreve.com, newsletter e redes sociais como sempre fez. Em 2022 passou a integrar a equipe de poetas e também de ministrantes do portal Fazia Poesia.

AGENDA

MARÇO

Encontro aberto “Estranho cotidiano: revelando a poesia ao rés-do-chão”, com Thaís Campolina, do programa de oficinas do portal Fazia Poesia

Quando: 30 de março, às 19h30

Inscrições: gratuitas, via Sympla

Mais informações: https://bit.ly/3qrUWaJ

ABRIL

Oficina “Estranho cotidiano: revelando a poesia ao rés-do-chão”, com Thaís Campolina, do programa de oficinas do portal Fazia Poesia

Quando: 20, 23, 27 e 30 de abril

Inscrições: pagas, via Sympla

Mais informações: https://bit.ly/37QYFZ2 e faziapoesia.com.br

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