Spoiler: respira — vender pouco não é o fim, é só o começo (de outro jeito).
Você publicou. Lançou. Fez post, vídeo, reels, live, até story com contagem regressiva. Chegou no dia do lançamento com o coração batendo no compasso dos teus poemas. Teve abraço, dedicatória tremida, marcador de página feito à mão. Mas aí a semana passou… e as vendas também.
Foram menos do que você esperava. Bem menos. E bate aquele nó na garganta:
“será que meu livro não foi bom o suficiente?”
Calma. Não entra nessa sozinho. Vem cá.

💛 Você não é seu número de vendas
Poucas vendas depois do lançamento acontecem com muita gente — até com quem não conta.
Publicar um livro, ainda mais de poesia, não vem com garantia de fila ou de trending topic. Não é que você falhou. É que o livro ainda tá achando o caminho dele.
Porque, diferente do que o mercado faz parecer, venda não é tudo.
Tem livro que vende 20 cópias, mas muda 3 vidas. E tem livro que vende mil, mas não toca ninguém.
Você queria que ele voasse alto logo de cara? Eu sei. Mas às vezes ele vai é voar longe — com tempo, com cuidado, com boca a boca.
Pensa no lançamento como a largada, não o final. Agora é que começa o trabalho bonito: fazer o livro circular, botar ele na roda, nas escolas, nos saraus, nos clubes de leitura, nos encontros.
Quem precisa dele ainda vai encontrar.
E, olha, não tem vergonha em vender pouco.
Vergonha seria se você nunca tivesse tido coragem de lançar.
Mas você teve. Você colocou o livro no mundo. Você pariu palavra. E isso, meu bem, já é coisa demais.
Se tá doendo? Normal.
Mas não deixa essa dor te convencer de que não valeu a pena.
Você não é o seu relatório de vendas. Você é quem escreveu com o peito aberto.
E livros assim — ah, livros assim encontram quem precisa deles. Mesmo que demore. Mesmo que seja só um de cada vez.
E quando esse “um” chegar e te escrever dizendo “teu livro me salvou”, você vai saber que valeu. Tudo.
Então respira. Se acolhe. E bora seguir.
O livro tá vivo. E você também.