No Brasil, publicar um livro ainda é um sonho distante para grande parte dos escritores iniciantes — especialmente aqueles que vivem fora dos grandes centros, que pertencem a grupos minorizados ou que não se encaixam nos moldes tradicionais do mercado editorial. O caminho entre ter um original pronto e vê-lo impresso, com ISBN e distribuição, é muitas vezes cercado por muros invisíveis: altos custos, falta de editais, ausência de redes, validação acadêmica, filtros estéticos e linguísticos.
Foi para romper com essa lógica excludente que nasceu a Toma Aí Um Poema (TAUP) — uma editora-ONG que transforma o acesso à publicação em política cultural viva. Desde sua fundação em 2020, a TAUP atua com o compromisso de democratizar o direito de publicar um livro, especialmente para quem nunca teve essa oportunidade antes.

📚 Primeira publicação como direito, não exceção
Na TAUP, a primeira publicação de um autor ou autora não é vista como uma aposta — é uma missão. A editora entende que dar visibilidade a novas vozes, especialmente as que vêm das margens, é uma forma de desconstruir as hierarquias históricas que definem quem pode ou não ser considerado “literário”.
Mais de 1.000 escritores já tiveram seu primeiro livro publicado com a TAUP. Muitos deles mulheres, pessoas negras, LGBTQIA+, indígenas, neurodivergentes, PCDs, autores periféricos e trabalhadores que escrevem entre turnos e filhos — mas nunca encontraram espaço no mercado tradicional. Com a TAUP, o que era sonho virou materialidade: capa, ISBN, poema impresso, nome no catálogo.
💸 Pré-venda como ferramenta de autonomia
A principal tecnologia social da TAUP é o modelo de pré-venda com financiamento coletivo. Em vez de exigir que o autor arque com todos os custos ou submeta sua obra a filtros comerciais, a editora organiza campanhas acessíveis, com transparência nos valores e um plano editorial completo. A renda gerada viabiliza a produção do livro e ainda garante distribuição gratuita para o autor, além da presença em feiras, catálogos e plataformas de leitura.
Esse modelo, longe de ser improvisado, é ético, replicável e sustentável. Ele transforma o ato de publicar em um movimento comunitário — onde leitores, editoras e escritores formam uma rede de apoio mútuo.
🧩 TAUP como incubadora de vozes literárias
Para muitos autores, a publicação com a TAUP é mais do que o lançamento de um livro — é o início de uma jornada. A editora oferece suporte editorial, design gráfico, divulgação, curadoria e escuta. Respeita a linguagem de cada autor. Não exige currículo literário. E, sobretudo, não transforma o livro em produto elitizado, mas em ferramenta de afirmação, identidade e pertencimento.
Ao fazer isso, a TAUP se consolida como uma verdadeira incubadora de vozes literárias fora do eixo. E mais do que isso: como uma política cultural ativa, constante e afetiva, que faz da primeira publicação um direito — não uma exceção.
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