“Carne de sal e pedra”: a poesia rochedo de um corpo-mulher

Editora Arpillera lança novo livro artesanal de Gisele Rocha | Divulgação

Será lançada oficialmente na Bienal do Livro do Rio de Janeiro a obra poética “Carne de sal e pedra”, da escritora carioca Gisele Rocha. O livro nasce pela Editora Arpillera, que publica obras artesanais, costuradas manualmente. A autora terá sessão de autógrafos no estande da Arpillera na Bienal no dia 20 de junho, às 16 horas.

A obra possui uma voz autoral intensa, fragmentada, mas que quer, sobretudo, viver. Na primeira seção, vemos a voz da menina, a infância e o território. A segunda parte traz o amor romântico e a violência dos homens, em uma linguagem ora lírica, ora com fúria, ódio, e vingança. Na terceira vemos uma voz autoral, feminina, que cresceu, amou, quase morreu e agora vive.

No prefácio do livro, a escritora Mel Renault apresenta todo o poder da poesia de Gisele: “Os poemas conduzem a um lugar onde também nos encontramos, reconhecemos suas denúncias, suas feridas, seus amores, suas sombras de lembranças, lugar esse que se inscreve no nosso corpo também. O livro é pele acesa de sentir.”

“Carne de sal e pedra” é uma obra fundada em poemas corpóreos, exigentes com a organicidade da palavra poética e do corpo que se reconta nessa língua que não se adestra, se empedra, se queima e se derrama. Um corpo que perpassa pela infância e seus fantasmas que assombram a mulher. Um corpo adulto inflamado de amores violentos, corpo revoltoso e revoltado. Um corpo-sobrevivente à própria guerrilha, às próprias bombas implodidas, que se explodirá em outros corpos, mas que encontra na água salgada e na orixá do mar uma mãe que a torna também carne de sal. Se todo poeta é um fingidor, toda poesia é também alguma ficção ou fricção de pedras que fazem fogo. Este livro foi feito para se queimar ou se afogar em um e tantos corpos de carne de sal e pedra e incomensurável horror-amor.

A autora Gisele Rocha, além de poeta, é professora de língua portuguesa, literatura e redação da educação básica e mestra em Literatura Brasileira pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Escreve desde muito menina, mas só agora lança seu livro de estreia. Já publicou três plaquetes independentes: “Todas as coisas que perdemos no escuro” (2021), “M’água” (2021) e “Mistérios” (2021). Também publicou poemas em revistas independentes como La Loba e Desvario e foi escritora associada da revista Ikebana com a coluna “Naufrágios”. Atualmente, integra o coletivo Escreviventes e é membro do Portal Fazia Poesia.

A edição artesanal, produzida, costurada e numerada manualmente pela Editora Arpillera, traz uma adaptação da costura japonesa, formando geometrias trançadas na lombada e uma capa com o papel Velum, que possui aspecto semelhante a uma pedra, o que confere uma experiência sensorial conectada com a poesia de Gisele.

“Carne de sal e pedra” já está à venda no site da editora.

Instagram: @editoraarpillera e @eu.giselerocha
Link de venda: https://editoraarpillera.lojavirtuolpro.com/carne-de-sal-e-pedra—gisele-rocha/p


🔗 Para envio de releases, artigos de opinião ou resenhas, entre em contato com a gente:
📩 imprensa@tomaaiumpoema.com.br

Um comentário ““Carne de sal e pedra”: a poesia rochedo de um corpo-mulher”

  • Gisele

    diz:

    Muito obrigada pelo espaço e carinho!

Deixe um Comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *