Nos últimos tempos, alguns autores consolidados – frequentemente ligados às grandes editoras – têm usado as redes sociais e outros espaços públicos para criticar o trabalho das pequenas editoras. Esses autores chegam a classificar editoras independentes como fruto de “amadorismo” ou acusá-las de praticar uma suposta “exploração disfarçada” do autor. Embora apresentadas em tom pretensamente provocador, essas críticas revelam mais miopia do que lucidez. O mercado editorial brasileiro é diverso, plural e, sobretudo, marcado por profundas desigualdades. Desqualificar modelos alternativos de publicação com ironia ou desprezo ignora essa realidade multifacetada e generaliza práticas pontuais como se fossem a regra, criando uma narrativa equivocada. Em vez de apontar um caminho ousado, esse tipo de crítica acaba soando como uma defesa conformista do status quo – uma tentativa de proteger um modelo tradicional que não contempla toda a diversidade de vozes e formatos existentes.

É importante reconhecer que o ecossistema do livro no Brasil comporta diferentes tamanhos e modelos de editora, cada qual cumprindo um papel específico. As grandes editoras historicamente dominam as livrarias, mas operam por meio de uma curadoria verticalizada: um grupo pequeno de editores decide o que merece chegar às prateleiras, muitas vezes orientados mais por projeções de venda e fórmulas de mercado do que por critérios de relevância literária, cultural ou social. Nessa lógica, o leitor é frequentemente tratado como um consumidor passivo, a quem se entrega um catálogo pensado para agradar ao gosto médio, e não necessariamente para provocar reflexões ou trazer novidades. Em contraste, as editoras pequenas e independentes costumam atuar em nichos ignorados pelas grandes casas e dar espaço a autores e temáticas fora do mainstream. Elas contribuem para a chamada bibliodiversidade, apostando em identidades editoriais próprias e alcançando públicos específicos: “Pode ser feita a opção por publicações nichadas – o que é perfil de muitas pequenas editoras. É estabelecer identidade editorial, achar o seu lugar de expressão, o seu público, as formas de atingir o leitor pautado”. Assim, as editoras menores conseguem construir pontes com leitores e escritores que o modelo tradicional frequentemente deixa à margem.
A experiência da Editora Toma Aí Um Poema (TAUP)
A Editora Toma Aí Um Poema (TAUP) oferece um exemplo concreto de como as pequenas editoras inovam e preenchem lacunas do mercado. Fundada em 2020 como a primeira editora-ONG do Brasil, a TAUP tem a missão declarada de democratizar o acesso à publicação literária, com foco especial em poesia contemporânea e em autores de grupos historicamente sub-representados (autores negros, indígenas, LGBTQIA+, periféricos, neurodivergentes, entre outros). Desde então, já publicou mais de 350 livros – em sua maioria de novos autores que dificilmente teriam espaço nas grandes editoras. Seu modelo de negócio se baseia na pré-venda e no financiamento coletivo: os livros são produzidos por meio de campanhas de pré-venda, de forma transparente e colaborativa, sem custo inicial para o autor. Em outras palavras, o autor não paga para publicar; a impressão do livro é financiada pelos próprios leitores que acreditam na obra.
Essa abordagem evidencia que não há exploração do escritor – ao contrário, há parceria e compromisso mútuo. Os autores escolhem estar na TAUP justamente por encontrarem aí um processo ético, acessível e participativo. A editora envolve ativamente o autor em todas as etapas da produção: desde a aprovação da capa e do projeto gráfico até a revisão de texto e as estratégias de divulgação, tudo é dialogado em conjunto. O autor participa ativamente de todas as etapas, com liberdade criativa e acompanhamento da equipe editorial. Esse formato horizontal e colaborativo contrasta com o tratamento impessoal que muitas vezes predomina em grandes casas editoriais, onde o autor é visto apenas como o provedor do conteúdo a ser gerido pela editora. Na TAUP, o autor está no centro do processo – e isso se traduz em autonomia criativa e maior identificação com a obra final.
Além disso, os resultados positivos são tangíveis. A TAUP, mesmo sendo pequena, já coleciona feitos importantes: por exemplo, livros publicados pela casa chegaram a figurar entre os finalistas de prêmios literários renomados, como o Jabuti e o Candango.Isso demonstra que uma editora independente, operando em modelo alternativo, pode entregar qualidade e relevância, revelando novos talentos e alcançando leitores engajados. Transparência, cuidado e senso de comunidade fazem parte do DNA da TAUP – características que têm atraído centenas de escritores e milhares de leitores para o seu catálogo.
Curadoria tradicional vs. inovação independente
A contradição nas críticas de alguns autores famosos às editoras pequenas fica evidente quando analisamos o panorama maior. Enquanto esses críticos insistem em chamar pequenas editoras de “amadoras”, o que se observa é que muitas inovações do mercado estão surgindo justamente fora das grandes corporações. As editoras independentes vêm experimentando novos formatos de financiamento, divulgação e interação com leitores – práticas que as grandes, engessadas em estruturas tradicionais, demoram a adotar. O modelo de pré-venda e financiamento coletivo, por exemplo, não é “capricho de amador”, mas sim uma resposta pragmática às dificuldades de viabilizar projetos em um mercado adverso. Ele permite sondar e formar o público de um livro antes mesmo de sua impressão, reduzindo riscos financeiros e criando uma base inicial de leitores apoiadores. Também a curadoria compartilhada, em que autor e editora dialogam sobre o posicionamento da obra, é uma inovação que torna o processo editorial mais inclusivo e dialógico, contrastando com a velha curadoria vertical das editoras tradicionais.
Por outro lado, a concentração do poder de decisão nas grandes editoras – frequentemente guiada por considerações comerciais imediatas – pode levar a catálogos homogêneos, pouco desafiadores e excessivamente focados em tendências de curto prazo. Há casos em que algoritmos de vendas e planilhas de marketing definem o que será publicado, privilegiando livros de apelo fácil ou de autores já famosos, em detrimento de obras ousadas ou vozes inéditas. Assim, o que chega ao grande público tende a ser mais do mesmo, reforçando bolhas de prestígio e excluindo narrativas periféricas ou experimentais. Criticar as pequenas editoras por “não seguirem a cartilha” tradicional, nesse contexto, é perder de vista que justamente nelas podem estar as soluções para renovar o interesse dos leitores e diversificar a oferta de leitura. Em suma, se algo está “fora do lugar” no mercado editorial, não são as editoras independentes tentando novas abordagens, mas a insistência de alguns em achar que só há um jeito válido de fazer livros.
O verdadeiro problema: leitura em queda e mercado em crise
Enquanto se alimentam polêmicas estéreis sobre o tamanho ou o modelo das editoras, um problema bem mais grave se impõe: o mercado leitor brasileiro está encolhendo drasticamente. As pesquisas mais recentes sobre hábitos de leitura são alarmantes. Pela primeira vez, o percentual de não-leitores superou o de leitores no país. Cerca de 53% dos brasileiros declararam não ter lido nenhum livro (nem mesmo em parte) nos três meses anteriores à pesquisa, considerando quaisquer formatos ou gêneros. Isso representa uma perda de milhões de leitores em poucos anos: mais de 7 milhões de brasileiros deixaram de ler livros nos últimos cinco anos. Em termos absolutos, significa que metade da população simplesmente não lê livros – um dado devastador para qualquer nação que pretenda avançar culturalmente.
Paralelamente, o setor editorial enfrenta uma crise prolongada em sua cadeia produtiva e de distribuição. Houve queda nas vendas de livros pelo segundo ano consecutivo. Em 2023, venderam-se 4 milhões de exemplares a menos que no ano anterior, uma redução de 7% no volume; o faturamento das editoras caiu cerca de 1% em termos reais (aproximadamente R$ 20 milhões a menos). Essa retração ocorre após anos difíceis – desde 2006, o faturamento do mercado editorial brasileiro já recuou 43% em termos reais, evidenciando uma tendência de longo prazo preocupante. Vários fatores contribuem para esse quadro, incluindo a mudança de hábitos de entretenimento (com a internet e as redes sociais ocupando o tempo antes dedicado aos livros) e crises econômicas que afetam o poder de compra. A infraestrutura do livro também sofreu abalos: nos últimos anos, grandes redes de livrarias colapsaram – a Saraiva teve falência decretada, a Livraria Cultura entrou em insolvência – o que impactou fortemente a distribuição e as vendas. Até mesmo a rede varejista Americanas, que figurava entre as maiores vendedoras de livros, passou por crise e deixou um vácuo no mercado.
Ou seja, a diminuição das livrarias físicas e a concentração das vendas em poucas plataformas online mudaram o cenário, muitas vezes prejudicando a descoberta de novos autores e dificultando a chegada do livro aos leitores.
Diante desse panorama, fica claro que o inimigo comum de todos que amam livros – autores, editores grandes ou pequenos, livreiros e mediadores culturais – é a falta de leitores, não a existência de novas editoras. A prioridade deveria ser reconquistar o público leitor, formar novos leitores e encontrar caminhos para levar os livros aos 53% que atualmente não leem. E isso exige estratégias colaborativas e inovadoras, não disputas mesquinhas por status no meio literário.
Vaidade versus colaboração
Apesar das estatísticas alarmantes, o que se vê com frequência nas redes sociais é uma disputa de vaidades entre alguns agentes do meio literário. Em vez de unir forças para compreender por que perdemos leitores e como poderíamos atraí-los de volta, há autores engajados em polêmicas egoicas – muitas vezes visando aplausos fáceis de suas bases de fãs – atacando colegas ou editoras que operam de forma diferente. Essa postura beligerante, além de improdutiva, revela desconexão com a realidade do público leitor brasileiro. Os leitores em potencial que poderiam revigorar o mercado muitas vezes estão fora dos grandes centros urbanos, fora dos círculos privilegiados de consumo cultural e alheios às “bolhas” de prestígio literário. Em termos simples, há um enorme contingente de brasileiros que não frequenta bienais do livro, não aparece nas listas de mais vendidos, mas que poderia se interessar por leitura se fosse alcançado adequadamente.
Exemplos disso não faltam. Uma pesquisa recente, conduzida pelo Festival Literário das Periferias (Flup) no Rio de Janeiro, mostrou uma “demanda reprimida” por livros nas comunidades periféricas. Ou seja, há sede de leitura em lugares historicamente negligenciados pelo mercado editorial tradicional. Sempre existiu nas periferias interesse por leitura e conhecimento, mesmo que as condições de acesso não estivessem presentes. Iniciativas de bibliotecas comunitárias, clubes de leitura em bairros populares e feiras literárias fora do eixo centro-sul do país reforçam que existe um público disposto a ler se houver inclusão e alcance. As pequenas editoras e os autores independentes frequentemente são os primeiros a identificar e atender a esses leitores “invisíveis”, seja com livros que dialogam com sua realidade, seja simplesmente chegando fisicamente a locais onde as grandes redes não chegam.
Portanto, perder tempo depreciando editoras pequenas por não seguirem modelos tradicionais é um contrassenso, quando poderíamos estar debatendo como somar esforços para ampliar o público leitor. Transformar a leitura em um hábito mais difundido passa por baixar as armas dentro do próprio setor e construir pontes: entre autores consagrados e novos escritores; entre editoras comerciais e independentes; entre o centro e a periferia. A vaidade individual de ser “o autor que está certo” nas redes sociais não salvará o livro – o que pode salvá-lo é trabalho de base, mediação de leitura, projetos em escolas, bibliotecas e comunidades, além de políticas públicas de incentivo.
Autor no centro: liberdade criativa como resposta
Um dos pontos que parecem incomodar os críticos das pequenas editoras é a mudança de paradigma no papel do autor. No modelo tradicional, o autor frequentemente ocupa uma posição quase subalterna no processo editorial – escreve sua obra e então a “entrega” à editora, que assume todas as decisões (da capa à estratégia de marketing), cabendo ao autor aguardar e acatar. Nas editoras independentes inovadoras, essa relação está se transformando. Trabalhar com o autor no centro do processo não é uma jogada de marketing moderninha, e sim uma resposta concreta aos tempos atuais. Significa reconhecer o autor como parceiro criativo e não como um elemento passivo a ser gerenciado. Na TAUP, como vimos, o autor opina sobre a capa, discute o texto, colabora na divulgação e participa ativamente das escolhas sobre sua obra. Esse empoderamento do escritor traz benefícios claros: além de propiciar uma experiência mais satisfatória e transparente para quem cria, resulta em livros que carregam a visão do autor de forma mais integral, o que tende a ressoar com mais autenticidade junto aos leitores.
É compreensível que esse rearranjo de papeis cause estranhamento em quem passou anos acostumado à hierarquia rígida das grandes editoras. Há editores e escritores veteranos que veem o envolvimento do autor em detalhes de produção como um sacrilégio ou um “sinal de amadorismo”. No entanto, essa visão desatualizada ignora as mudanças culturais em curso. Vivemos na era da interação direta e das comunidades de nicho – leitores querem dialogar com autores, autores querem falar diretamente aos leitores, e a internet abriu caminhos para isso acontecer à revelia das estruturas estabelecidas. Quando uma editora independente possibilita que autor e público se aproximem (por exemplo, através de eventos de lançamento colaborativos, lives, financiamento coletivo com recompensas personalizadas etc.), ela está criando fidelização e senso de pertencimento. O leitor deixa de ser apenas um número na contabilidade e se torna parte da história daquele livro; o autor deixa de ser uma peça isolada e ganha uma rede de apoio em torno de sua criação. Essas conexões não são “modismos”, mas sim uma adequação necessária à forma como consumimos cultura hoje – de maneira interativa, personalizada e comunitária.
Em resumo, colocar o autor no centro e dar a ele liberdade criativa não significa “falta de profissionalismo”, mas sim uma filosofia editorial diferente, que valoriza a colaboração e a troca. Longe de prejudicar a qualidade, essa abordagem muitas vezes a eleva, pois autores engajados tendem a se dedicar ainda mais ao próprio livro, e o resultado reflete essa dedicação. Ao derrubar muros e construir pontes – entre autor e editor, entre obra e público – editoras como a TAUP estão explorando caminhos de liberdade criativa e inclusão que fazem todo o sentido no nosso tempo.
Espaço para todos e sustentabilidade do setor
No debate sobre o futuro do mercado editorial, vale reforçar: há espaço para todos os tipos de publicação. Grandes editoras, editoras médias, pequenas casas independentes, autores autopublicados, coletivos literários, selos experimentais, clubes de leitura – cada modalidade cumpre funções distintas que se complementam em vez de se anularem. As grandes corporações possuem mais recursos para distribuição ampla, tiragens grandes e presença em livrarias; as pequenas são ágeis, conseguem apostar em vozes novas, atender nichos e inovar em formato; os autores independentes por sua vez têm liberdade total para criar e dialogar diretamente com seu público. Reconhecer essa pluralidade é fundamental para a saúde do ecossistema do livro.
Infelizmente, em meio à crise do setor, vemos surgirem divisões e antagonismos onde deveria haver cooperação. O fato é que a cadeia do livro no Brasil está em risco – e brigar internamente por prestígio não vai salvar ninguém. Em vez de fomentar disputas frágeis que visam apenas um efêmero destaque pessoal, todos os atores envolvidos poderiam concentrar esforços em discutir como garantir a sustentabilidade do setor como um todo. Isso inclui pensar em novas formas de comercialização (por exemplo, fortalecer livrarias de bairro, plataformas digitais nacionais, feiras itinerantes), políticas de incentivo fiscal e educacional (leitura nas escolas, compras governamentais de acervos, programas de bibliotecas), e parcerias entre grandes e pequenos para que a bibliodiversidade se traduza também em vantagem econômica mútua. Por exemplo, nada impede que uma grande editora distribua um livro de uma pequena através de seus canais, ou que uma editora independente venda direitos de um autor revelado por ela para um grupo maior alcançar mercados internacionais. Colaboração pode e deve existir, para que histórias importantes não deixem de chegar aos leitores por questões de estrutura ou alcance.
Vale lembrar que não são apenas os autores e editores que sofrem se o mercado de livros definhar – tradutores, designers, revisores, livreiros, gráficas, distribuidores e tantos outros profissionais dependem de um setor editorial forte. Portanto, a defesa da literatura e do livro ultrapassa qualquer ego individual: trata-se de preservar uma cadeia produtiva e um patrimônio cultural. Manter essa cadeia viva requer menos orgulho ferido e mais diálogo genuíno entre seus elos.
Aliança em vez de guerra
Diante de todos esses pontos, a conclusão se impõe quase como um apelo: em vez de guerra, precisamos de aliança. Editores grandes e pequenos, escritores consagrados e estreantes, todos ganham mais com a expansão do público leitor do que com a rivalidade entre si. Em vez de ataque, precisamos de diálogo – críticas construtivas que visem aprimorar práticas editoriais, e não sarcasmo vazio que apenas alimenta polarizações. Desdenhar quem constrói com poucos recursos é ignorar que, muitas vezes, as soluções do amanhã nascem das margens que hoje são desprezadas. A inovação raramente surge do centro acomodado, mas sim das pontas inquietas que tentam algo novo.
As pequenas editoras e iniciativas independentes estão atuando exatamente onde o mercado tradicional muitas vezes não alcança. Elas levam livros a quem nunca foi visto como leitor em potencial, seja pela distância geográfica, seja pela falta de interesse cultivado. Elas dão chance de publicação a quem nunca foi considerado “autor vendável” pelas grandes empresas, revelando talentos cuja voz enriquece nossa cultura. E fazem tudo isso movidas por trabalho duro, afeto pela literatura, senso de responsabilidade social e visão de futuro. Não há ingenuidade aqui: há consciência de que o caminho é difícil, de que é preciso se reinventar para sobreviver (como tantas o têm feito). Mas também há a convicção de que vale a pena lutar por cada novo leitor conquistado, por cada nova voz publicada.
Quem insiste em criticar e diminuir esse movimento possivelmente está apenas tentando defender um modelo que já não dá conta da realidade. O mundo mudou, os leitores mudaram, e o mercado editorial precisa mudar também. No fim das contas, todos que amamos os livros estamos – ou deveríamos estar – do mesmo lado: o lado que luta não por likes ou vaidades, mas por leitores e leitura. Que possamos trocar a soberba pela escuta, a competição pela colaboração. Só assim o livro, esse objeto civilizatório tão importante, continuará encontrando espaço na vida das próximas gerações. E só assim haverá lugar para todos nós, cabeças grandes ou pequenas, no vasto universo da literatura.
Fontes: As informações e dados apresentados foram obtidos de pesquisas recentes e exemplos do mercado editorial brasileiro, incluindo estatísticas sobre queda de leitura oglobo.globo.com oglobo.globo.com e vendas de livro scbn.globo.com, análises de crise no setor livreiro cbn.globo.com, bem como a experiência relatada da Editora Toma Aí Um Poema tomaaiumpoema.com.br tomaaiumpoema.com.br tomaaiumpoema.com.br e relatos sobre bibliodiversidade e alcance de pequenas editoras agenciasebrae.com.br. Essas fontes reforçam os argumentos aqui discutidos e demonstram a necessidade de uma visão ampla e cooperativa para o futuro do livro no Brasil.