Palavras-chave SEO: escritores fora do cânone, autoras silenciadas, literatura marginal brasileira, representatividade na literatura, autores contemporâneos brasileiros
O cânone literário brasileiro tem sido, por séculos, um espelho estreito demais para refletir a pluralidade de vozes que de fato constroem nossa literatura. Ele frequentemente exclui autoras, autores negros, indígenas, periféricos, LGBTQIA+, e todos aqueles que escrevem a partir de outras vivências que não a norma branca, masculina e sudestina.
Este post reúne 10 nomes essenciais da literatura brasileira contemporânea que resistem à exclusão institucional com uma escrita potente, política e transformadora. São vozes que precisam ser lidas, escutadas e reconhecidas como parte central da literatura nacional.

🖤 1. Cidinha da Silva
📍 Minas Gerais / São Paulo
Escritora, cronista, dramaturga e editora, Cidinha da Silva é uma das intelectuais mais importantes do Brasil hoje. Suas crônicas abordam racismo estrutural, afetos negros, religiosidade e política com olhar afiado e prosa envolvente. É também editora da Kuanza Produções, espaço fundamental para autores negros.
📖 Leia: Um Exu em Nova York
✍️ 2. Marcelo Ariel
📍 Santos (SP)
Poeta, ensaísta e autor de uma obra radical, híbrida e filosófica, Marcelo Ariel é conhecido por seus textos que fundem linguagem experimental com reflexão crítica. Sua produção escapa das molduras acadêmicas e desafia o leitor com beleza e vertigem.
📖 Leia: Afastar-se para perto: ficção-vida
🌻 3. Ryane Leão
📍 Mato Grosso / São Paulo
Poeta e educadora, Ryane é um fenômeno da literatura contemporânea. Começou publicando em redes sociais, alcançando milhares de leitores com poemas sobre afeto, dor, luta e ancestralidade. Sua voz é um grito poético por sobrevivência e cuidado.
📖 Leia: Tudo nela brilha e queima
🩸 4. Marcelino Freire
📍 Pernambuco / São Paulo
Com uma prosa cortante e oral, Marcelino é referência em literatura de resistência. Autor premiado, é também criador da Balada Literária, que promove encontros entre autores marginalizados e o público. Sua escrita explora os limites da violência e da ternura.
📖 Leia: Nossos Ossos
🔥 5. Jéssica Iancoski
📍 Paraná
Poeta, editora e fundadora da primeira editora-ONG do Brasil, Jéssica escreve com o corpo, a raiva e a carne. Sob o heterônimo Eugênia Uniflora, publicou América Xereca, finalista do Prêmio Mix Literário. Sua obra reconfigura fronteiras — geográficas e simbólicas — da linguagem e da identidade latino-americana.
📖 Leia: América Xereca
🪶 6. Bruna Mitrano
📍 Rio de Janeiro
Poeta, editora e documentarista, Bruna constrói uma poesia que atravessa corpos e territórios. Em seus livros, afeto e política se fundem, criando uma linguagem própria marcada por cuidado e ruptura. É também idealizadora de projetos audiovisuais e oficinas voltadas à escrita periférica.
📖 Leia: Ninguém quis ver | Toda saudade é um abrigo
🌺 7. Mabelly Venson
📍 Paraná
Poeta e articuladora cultural, Mabelly escreve sobre maternidade, corpo e tempo com uma prosa poética que emociona sem ser condescendente. Em Apenas mãe, aborda as nuances da experiência materna com delicadeza brutal e densidade literária.
📖 Leia: Apenas mãe
🌿 8. Márcia Kambeba
📍 Amazonas / Povo Omágua-Kambeba
Poeta, ativista e ambientalista indígena, Márcia é uma das principais vozes da literatura originária contemporânea. Sua obra une poesia, oralidade e resistência, reafirmando a força dos povos indígenas através da palavra e da presença.
📖 Leia: Ay kakyri tama
🎧 9. Geovani Martins
📍 Rio de Janeiro
Autor de contos que retratam com precisão a vida nas favelas cariocas, Geovani ficou conhecido com o livro O sol na cabeça. Sua literatura combina linguagem urbana, crítica social e potência literária vinda do asfalto e da sobrevivência.
📖 Leia: O sol na cabeça
🌒 10. Sandra Godinho
📍 São Paulo
Autora revelação da cena independente, Sandra escreve sobre morte, memória, corpos dissidentes e amor com profundidade e imagética sensível. Sua obra navega entre prosa e poesia, sempre com intensidade e beleza bruta.
📖 Leia: Memórias de uma mulher morta
📌 Conclusão: O centro é onde a gente escreve
Esses autores e autoras não estão à margem por falta de talento — estão por excesso de sistema, por falta de espaço na estante alheia, por escreverem em idiomas que o cânone não quis aprender. Mas sua literatura está viva, urgente, pulsando nos corpos, nas quebradas, nas florestas, nos quintais e nas páginas que resistem.
Suas vozes não pedem licença: existem porque precisam existir. Porque o Brasil real também escreve. E escreve bem. Escreve com dor, sim — mas também com invenção, com lirismo, com técnica, com memória, com política, com fúria e com beleza.
Conhecê-los não é só um gesto de reparação: é uma escolha estética, ética e crítica. É ampliar o repertório, expandir o que entendemos por “literatura brasileira”, e deixar que outros sotaques, corpos e olhares também ocupem o centro da narrativa. Porque não há centro fixo quando a literatura se move. E ela está se movendo.
A literatura brasileira é maior, mais plural e mais bonita do que a antologia escolar.
Leia além da estante.
Leia quem escreve de dentro do país real.
Leia com olhos novos — porque o que é central, na verdade, nunca esteve no centro.
Maria Andrelina Oliveira Bento
diz:Amei toda informação e exposição aqui
Também sou uma escritora . E nunca estive no centro de nada. Mas gosto de destaque autores do Brasil todo
Deixo minha página para contato com vocês
Instagram: @linaveira
E-mail dlinaveira.09@gmail.com
Telefone
48 9 84733829
Toma Aí Um Poema
diz:Maria Andrelina, que alegria ter você aqui com a gente! É tão importante esse gesto de destacar e compartilhar a voz de autores e autoras do Brasil inteiro, especialmente daqueles que nunca ocuparam os “centros” literários tradicionais. Vamos juntos ampliar essa roda! 📚✨
Seu contato foi anotado. E já fica o convite: nos envie um e-mail para editora@tomaaiumpoema.com.br com mais detalhes sobre seus projetos e ideias. Vai ser um prazer conversar e pensar juntas em formas de visibilizar e potencializar a sua escrita.
Seguimos escrevendo e resistindo! 🌿💜